terça-feira, 29 de setembro de 2009

Inclusão digital?


O termo inclusão muitas vezes é confundido, propositalmente ou não, com o termo integração, porém existem diferenças relevantes. Aquele indivíduo que está incluído em algo se torna um sujeito passivo, só recebe informação; e um indivíduo que está integrado em algo se torna um sujeito ativo, produz conhecimento. Entretanto a inclusão digital ditada pelos governos e até mesmo por ONGs nada tem a ver com o conceito de integração digital que é ter capacidade de acessar, entender e produzir conhecimento.

Para que o termo inclusão digital fique mais claro é necessário observar os dois lados da sociedade. O filho do rico que já possui computador em sua casa desde sempre, tem acesso não somente a utilizar os programas, mas também sabe buscar naquela máquina algo que te interessa, sabe que possui uma multiplicidade de informações a seu serviço. Já o filho do pobre procura ONGs ou até mesmo pagam um curso de informática com muito sacrifício para ter qualificação e ingressar no mercado de trabalho, porém este individuo só tem habilidade técnica.

Os telecentros são vistos como a solução para o problema do acesso e da formação do individuo, mas na verdade o que os governos e ONGs no fundo desejam é ter reconhecimento. Essa inclusão é uma maneira de dizer que a sociedade esta mudando. Mas na verdade o que é feito dessa inclusão é apenas dar acesso e formação sobre técnicas de informática, sem que esse indivíduo produza conhecimento algum. Com tudo isso fica claro que só existe inclusão porque existe exclusão, uma exclusão tão cruel que quase não há pessoas que questionem seu verdadeiro sentido. Então o que nossa sociedade necessita é inclusão digital ou é integração digital?

beeijo

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Viva a metareciclagem


A sociedade capitalista nos impulsiona sempre a possuir o novo, o mais atual. Junto a isso presenciamos a popularização dos eletroeletrônicos e a rápida obsolescência dos modelos, o que gera o crescimento desenfreado do lixo eletrônico (e-lixo).

O descarte desses eletroeletrônicos causa problemas ambientais por possuirem metais pesados e conterem materiais que demoram muito tempo para se decompor. Com isso alguns países já possuem legislações para que ocorra a diminuição, reciclagem e reutilização desses produtos. Contudo existem projetos que se preocupam não só com os problemas ambientais, mas com os problemas sociais também, são os projetos de metareciclagem.


Metareciclagem "é uma idéia sobre a apropriação da tecnologia em busca da transformação social". Então nos projetos de matareciclagem é oferecido a jovens carentes um bem bastante precioso: o conhecimento. Estes aprendem desconstruindo computadores usados para posteriormente construir, ou seja, aprendem além do ligar e desligar do computador, compreendem o seu funcionamento. Esta iniciativa proporciona a esses jovens além do acesso a essas máquinas e a apropriação desse conhecimento, uma oportunidade de emprego, o que é muito significativo para seu crescimento enquanto cidadão.
beeijo

domingo, 13 de setembro de 2009

Software livre


Fiquei horrorizada quando soube detalhes sobre software proprietário. O utilizamos de maneira tão mecânica, estamos tão acostumados com os direitos reservados, que não paramos para refletir sobre o que está por trás dele e porque pagamos tão caro para possuir.
Quase sempre, é negada a maioria das pessoas o acesso à informação, tecnologia e conhecimento, isso são para poucos. Porém está realidade está mudando, e o software livre é uma prova disso. O software livre trabalha com a perspectiva de que o processo educacional tem que formar um cidadão para que ele seja produtor e não só consumidor de informações. Por isso possui as quatro liberdades: liberdade de uso para qualquer finalidade; liberdade de estudar o software; liberdade de alterar e melhorar e liberdade de redistribuir as alterações feitas.

O uso excessivo do Windows (software proprietário) faz com que ele seja, quase sempre, mais familiar. Por isso quando utilizado o Linux (software livre), este causa estranhamento, uma sensação de que não se sabe nada a respeito de internet. Isso porque os aplicativos do Windows parecem ser tão simples que não nos damos conta de que existem outros tão simples quanto. Porém a questão está no seu uso, constante ou não.

Ao contrário do que muitos pensam o software livre não está aí por questão de preço, mas sim de liberdade. Este software deve estar disponível para uso comercial sim, entretanto o seu diferencial consiste na disponibilidade do seu código fonte para todos os usuários, e estes podem alterar e repassar as modificações feitas. Desta maneira é construída uma inteligência coletiva. Além de toda esta liberdade e troca de informações entre as pessoas, o software livre possui maior segurança, ao contrário do software proprietário que deseja manter seus usuários acorrentados a constantes manutenções. E aí, você prefere ser prisioneiro ou livre?


beeeijo

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Constantes transformações


A rapidez com a qual estamos vivendo fica complicado de atualizar e interiorizar todas as informações que nos chegam a todo instante. E estas acabam por se tornarem descartáveis, pois se encontram em constantes transformações. Como diz Lulu Santos “Tudo muda o tempo todo no mundo”.

A cada dia, o surgimento de novos aparatos tecnológicos, se apresentam de maneira mais veloz. Como nem todos tem acesso a todas as inovações ou não tem tempo de se atualizar em tudo, creio que é internalizado aquilo que é acessível e também o que mais convêm de acordo com as necessidades de cada um. Acredito que as transformações tecnológicas promovem exclusão, pois nem todos possuem grande parte das tecnologias, porém estas pessoas podem sim se incluir. Um exemplo é o grande número de lan houses que estão aí para atendê-las e muitas delas já as utilizam com frequência. É difícil nos dias de hoje encontrar alguém que não possua Orkut e MSN, até mesmos algumas pessoas mais velhas! E quem não tem celular (mesmo aqueles que não possuem TV, rádio e câmera)?

Os ciberespaços proporcionam comunicação direta e troca de informações entre os usuários, ou seja, propaga informação de todo o tipo. Pierre Lévi em seu livro Cibercultura afirma que “Com essas tecnologias intelectuais, sobretudo as memórias dinâmicas, são objetivadas em documentos digitais ou programas disponíveis na rede (ou facilmente reproduzíveis e transferíveis), podem ser compartilhadas entre numerosos indivíduos, e aumentam, portanto, o potencial de inteligência coletiva dos grupos humanos". Então só nos resta continuar navegando para acompanhar essas inovações, pois não voltaremos mais a pisar em terra firme, onde o conhecimento era ditado e não compartilhado (por isso transformado).

beeeijo


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